Você está aqui: Home » As aventuras radicais de quem confia em Cristo

radical-skysurf-8cc8cNo dicionário, uma das possíveis definições de aventura é “ação ou situação arriscada”. Quem já deu alguns passos – poucos ou muitos – na amizade com Cristo, deve ter notado que o Senhor tem mania de nos colocar em circunstâncias altamente estressantes. Vez por outra, nos vemos como que à beira de um abismo e, lá na outra ponta, Ele nos estende a mão e nos convida a saltar como quem chama pra tomar um sorvete:

– Vem amigo, tenha um namoro casto!

– Não se desespere com o pouco dinheiro. Estou cuidando de tudo!

– Não se corrompa para manter o emprego. É melhor ser desempregado do que ser desonesto.

– Que mérito há em fazer o bem somente a quem é legal contigo? Ajude o cara que te sabotou!

– Te perseguem por ser cristão?  Dont worry… Vai piorar! Tá querendo ter mais moleza do que o Mestre aqui?

Diante de cada um dos Seus apelos, nós cristãos podemos dar, basicamente, três respostas diversas:

1) “Só se for agora, ninguém salta como eu!” – Saltamos confiando em nós mesmos, na nossa própria capacidade e… PUF!!! Este é o som que se ouve no fundo do abismo, logo em seguida.

2) “Ah, tá… Beijo, me liga!” – Retrocedemos e, em vão, buscamos atalhos que nos permitam chegar ao Senhor de forma mais fácil e menos arriscada. No fundo, tememos que, se fizermos a vontade dEle, vamos nos dar mal.

3) “Tô me borrando todo, mas eis-me aqui, Senhor!” – Saltamos o abismo, ainda que nossas pernas estejam trêmulas (devido à noção da nossa incapacidade humana). Dizemos SIM a Cristo em nossa vida concreta, pois cremos que Ele nunca decepciona Seus filhos. Isso é ter fé.

Olhando para a vida de Pedro, podemos muito apropriadamente encaixá-lo no item três citado acima – afinal, ele era o Apóstolo que amava a Cristo mais do que os outros (João 21.15). Entretanto, ao menos em uma ocasião, a sua fé vacilou. Por exemplo, quando viu Jesus caminhando sobre as águas do mar:

Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti! Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste? (Mateus 14.28-31)

Entretanto, anos mais tarde, esse mesmo homem que negou o Mestre temendo sofrer como Ele, foi capaz de se expor ao martírio, morrendo também na cruz.

A fé é um problema de conhecimento

Algumas nos inspiram confiança nos primeiros minutos em que as conhecemos. Porém, a esta confiança só crescerá e se consolidará com o tempo; quanto mais conhecemos uma pessoa, mais confiamos nela. Assim também acontece com Jesus: quanto mais nos empenhamos em conhecê-Lo, mais somos capazes de crer efetivamente nEle. Não com uma devoção que se manifesta quase que clandestinamente no âmbito restrito das paróquias, mas como uma fé que determina os passos concretos do cotidiano.

A coragem de dar um “salto de fé no abismo” é um fator relevante, mas não é o ponto central. O problema fundamental é de conhecimento, pois é impossível confiar e amar alguém que não se conhece. Sabemos quem é Cristo? Conhecemos as suas promessas? Cremos que Ele tem poder e amor incomparáveis? Entendemos que Ele é o único capaz de nos realizar realmente? Muitas vezes, uma fé morna ou vacilante se manifesta naqueles que não alcançaram as respostas adequadas a estas perguntas.

A fé é o reconhecimento da Presença do Deus Vivo entre nós, que atrai a nossa afeição para Ele. É essa afeição que nos impulsiona a realizar as obras de fé e que nos motiva a seguir seus ensinamentos com alegria, por mais que nos dê aquele friozinho na barriga, por mais insano ou inadequado que isso possa parecer aos olhos do mundo.

Que Deus nos ajude a dizer “Jesus, eu creio em Ti” não só com os lábios, mas também com minhas atitudes.

Extraido e adaptado da internet

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