Texto
base: 1 Re 19.1-18
Elias
havia acabado de extirpar de Israel a trágica influencia idólatra dos 450
profetas de Baal e dos 400 profetas do poste ídolo (1 Re 18.19-40).
Também,
pela oração da fé, trouxe chuva sobre a terra, a qual, pelo espaço de três anos
e meio, sofria uma seca sem precedentes (1 Re 18.41,42).
O
vigor de Elias é fantasticamente demonstrado pelo fato de ele ter corrido à
frente do carro de Acabe (v.46), cerca de vinte e cinco quilômetros.
Ao
chegar em Jezreel, Elias soube que Jezabel tencionava matá-lo (v.1,2). Esta
ameaça desencadeou no profeta uma sequência inevitável de atitudes depressivas.
Normalmente,
sempre que nos vemos ameaçados por qualquer coisa, assumimos as mesmas
atitudes. A ameaça pode ser a possibilidade de falência, o termino de um
relacionamento, perda do vestibular, a intriga de um vizinho, uma injustiça,
uma enfermidade.
É
incrível como um homem que tinha tido as experiências que Elias teve viesse a
se intimidar por algo tão pequeno, em proporção aos desafios que já tinha
vencido.
1. Quando nos sentimos ameaçados, temos uma atitude parecida com a de Elias.
1. Quando nos sentimos ameaçados, temos uma atitude parecida com a de Elias.
1.1.
Preocupação com a vida material:
“Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a
Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço” (v.3).
1.2.
Abandono da comunhão: “deixou o seu
moço” (v.3).
1.3.
Desinteresse pela vida: “Ele
mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou
debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó
Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (v.4).
Quando
a vida perde o sabor, perde o sentido, sempre que nos preocupamos de maneira
excessiva com a nossa sobrevivência, quase sempre acabamos perdendo o interesse
pela vida. Isto pode nos levar a uma caverna espiritual.
2.
O que a caverna simboliza?
2.1.
Fuga religiosa – A caverna era
em Horebe, o Monte de Deus.
Tem gente que vem à igreja não por causa de
Jesus, mas para se esconder de atrás de uma religiosidade, de uma máscara.
2.2.
Mania de perseguição – São pessoas
que só vêem as sombras inimigas e perigo e ameaças em tudo.
2.3.
Auto-piedade – Elias se
sentia um coitado perseguido, decepcionado, por isto, foi para caverna.
3.
As lições do texto
3.1.
O senhor manda sair: “Disse-lhe Deus:
Sai e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor; e um
grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor,
porém o Senhor não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o Senhor
não estava no terremoto” (V.11).
3.2.
Deus não nos planejou para depressão ou desanimo: “Ali, entrou numa caverna, onde passou a
noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui,
Elias? (v.9)”.
3.3.
Quando estamos deprimidos não ouvimos a Deus:
“cicio”, no hebraico significa murmúrio – “depois do terremoto, um fogo, mas o
Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranquilo e suave”
(v.12).
3.4.
Nossa vocação é para sermos elementos de unção na vida das pessoas: “Disse-lhe o Senhor: Vai, volta ao teu
caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge...” (v.15).
3.5.
Deus está sobre os nossos inimigos, pois foi Ele mesmo quem ungiu os reis que
destruiriam as ameaças feitas a Elias
– “Disse-lhe o Senhor: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e,
em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirá
rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás
profeta em teu lugar. Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará; quem
escapar à espada de Jeú, Eliseu o matará” (vs.15-17).
3.6.
Podemos nos consolar, quando perseguidos, com a nossa irmandade espalhada pelo
mundo: “Também conservei em Israel sete
mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou”
(v.18). Veja também: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem
cuidado de vós. Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em
derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes
na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa
irmandade espalhada pelo mundo” (1 Pe 5.7-9).
Conclusão:
Existem
depressões com causa orgânica que devem ser tratadas por profissionais
habilitados, porém existem causas que não são orgânicas e sim emocionais ou
espirituais que precisam ser tratadas como tal. Sendo que o primeiro passo
depende de nós, não podemos nos deixar levar pela auto-piedade ou
autocomiseração. Veja o que Deus disse a Elias: “venha para fora”, isto é, saia
da caverna.
Deus
abençoe sua vida
Fonte:www.montesiao.com.br