Uma hora depois voltaram para o rio para ver se haviam pegado alguma coisa. Vários peixes haviam sido fisgados nos anzóis. “Eu sabia que haveria pai”, declarou o filho. “Como você sabia”? Perguntou o pai. “Porque eu orei”, o menino disse.
Então, eles colocaram mais iscas nos anzóis e voltaram ao chalé para jantar. Depois, desceram ao rio outra vez e havia mais peixes fisgados na linha. “Sabia”, falou o menino. “E como”? Pergunto o pai. “Orei de novo”, falou o filho.
Então eles colocaram a linha outra vez e voltara ao chalé. Antes de dormir eles desceram de novo ao rio. Desta vez não havia peixes. “Sabia que não teria”, declarou o menino. “Como você sabia”? Perguntou o pai. “Porque” falou o menino “Desta vez eu não orei”. “E por que não”? indagou o pai. “Porque eu lembrei que nos esquecemos de colocar a isca nos anzóis”, falou o menino.
Ambos os elementos são essenciais.
Há um ditado popular que diz assim “Ore como se tudo dependesse de Deus, mas, trabalhe como se tudo dependesse de você.” Eu não estou completamente satisfeito com este ditado porque parece que está dizendo que devíamos viver nossas vidas como se Deus não estivesse fazendo nada (quando a verdade é que, se alguma coisa acontece, será porque ele a fez acontecer).
No entanto, posso apreciar o sentimento de que não devíamos simplesmente orar e daí relaxar e esperar que Deus faça alguma coisa. Entretanto, parece que fazemos isso o tempo todo. Oramos para que Deus abençoe os necessitados. E depois, o que é que fazemos para abençoá-los? Será que Deus vai fazer descer do céu encomendas de comida e roupas? Ele os ajudará através de pessoas como nós suprindo suas necessidades.
Parece que nossas consciências são tranquilizadas quando pedimos a Deus para cuidar dos enfermos, dos necessitados, dos abandonados, enquanto nós relaxamos e não fazemos nada para ajudar. Orar por todas as pessoas que não conhecem Jesus nos faz sentir bem enquanto vivemos nossas vidas sem falar dEle às pessoas ao nosso redor. Sentimos que “cumprimos o nosso dever” orando por missionários, sem ao menos enviar uma palavra de encorajamento a quem está no campo missionário.
Em essência, deixamos de colocar a isca no anzol, e daí oramos para que Deus fisgue os peixes. Note a diferença, porém, neste exemplo que Neemias deixou para nós: “Hanani, um dos meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro, e também sobre Jerusalém. E eles me responderam: “Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam por grande sofrimento e humilhação, o muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo. Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando-me, jejuando e orando ao Deus dos céus... O rei me disse: O que você gostaria de pedir? Então orei ao Deus dos céus, e respondi ao rei: Se for do agrado do rei e se o seu servo puder contar com a sua benevolência, que ele me deixe ir à cidade onde meus pais estão enterrados, em Judá, para que eu possa reconstruí-la.” Neemas 1:2-4; 2:4-5
Note que Neemias não só orou a Deus para que ele reconstruísse os muros de Jerusalém. Ele orou e daí se esforçou para fazer tudo que ele podia para realizar aquele projeto. Ambos os elementos são essenciais. Que as nossas orações sejam não só para que Deus abençoe os outros, mas, que Deus nos use para abençoar aqueles ao nosso redor. Não ore por peixe, a não ser que você esteja disposto a colocar a isca no anzol.
Alan Smith