Era uma vez uma mulher que buscava o que matava sua sede todos os dias. Ela subestimava tanto a si mesma, que o que ela buscava para matar sua sede, cabia num balde.
Amarrava-o na cordinha que ia até o fundo do poço, onde havia água.
Em algum lugar dentro de si, bem lá no fundo, ela desconfiava que sua sede e sua busca eram maiores que um mero e simples balde. Porque o vazio dentro dela era bem maior, e disso ela sabia bem. E Jesus também.
As frustrações que só se acumulavam no decorrer do tempo a fizeram desacreditar de uma vida melhor. Então ela resolveu poupar energia e ficar na vida medíocre. Mas na vida medíocre a alegria também é poupada.
Quantos nos nossos dias querem poupar suas energias vivendo uma vida medíocre, à margem daquilo que Deus quer para nós.
Por meados anos 80, a banda de rock nacional Titãs gravou uma musica que virou rit naquela época e sua letra falava algo que podemos identificar como uma grande verdade para os dias atuais.
Você tem fome de que? / Você tem sede de que?
Muitos hoje carregam seus baldes pra cima e pra baixo, buscando saciar sua sede, mas se quer sabem com o que enche-lo.
Por não conhecer realmente qual é a razão de sua sede, se afastam da proposta de água viva que Jesus tem, pensando serem plenamente capazes de encher seus baldes e saciar sua sede.
E você? Qual é o seu balde? Balde aqui, é todo e qualquer objeto, situação, recurso ou pessoa que faz com que você pense que estará seguro nos dias de seca.
Dinheiro? Namoro? Status? Drogas?
Coisas que, quando a seca vem, a gente segura na mão com força e repete pra si mesmo “calma, eu tenho um balde”.
Com o que você tem enchido seu balde para tentar matar sua sede?
O materialismo, dentre todas as bestialidades humanas é a que mais nos torna isolados.
Quem confia no que tem, logo não tem no que confiar. Vejam bem, qual brinquedo da infância não foi para o lixo? Qual carro zero quilômetro, não se tornou um calhambeque?
A mulher buscava um pouco de água pra encher seu balde.
Jesus buscava uma pessoa sedenta pra oferecer uma água que a faria desconhecer a sede dali pra frente. E mais: a partir do momento que bebesse daquela água, ela se tornaria fonte.
Quando aquela mulher viu Jesus ali falando de água, ela questionou se não faltava algo para Jesus tira-la do poço.
O que Ele fazia na beira de um poço, se não possuía um balde pra pegar água?
A conversa fluiu, ela percebeu que Ele não somente entendia de sua sede, mas sabia a profundidade de sua sequidão.
Quando entendemos o que Jesus quer de nossas vidas e quando aceitamos beber da água que Ele nos oferece, deixamos então vir à tona o quanto estamos descontentes da vida, e insatisfeitos com a mediocridade que vivemos.
Aquela mulher nunca mais foi a mesma. O mesmo caminho que fazia, desanimada e devagar, da sua casa até o poço, ela percorreu de volta, correndo e sorrindo, com um brilho maior nos olhos, uma motivação maior por dentro. Ela não só regozijava, ela jorrava, pois, agora ela era fonte.
E numa crescente de alegria e satisfação eles se entreolhavam e perguntavam como suportavam sobreviver todos os dias atrás de gotas?
Quantas e quantas vezes nos saciamos apenas com as gotas que nos eram oferecidas, quantas vezes pela nossa mediocridade achamos que aquelas gotas nos era suficientes para além de matar nossa sede garantir que tivéssemos água para o resto de nossas vidas?
Como conseguimos perseguir com tanto afinco pequenas porções que só nos saciavam por um curto período de tempo? Quando logo ao nosso alcance, está a água da vida?!
CONCLUSÃO
Será que nossa sede pode mesmo ser saciada com um balde?
Aquela mulher entendeu sobre o tipo de sede Jesus falava a ela, Ele não falava da sede material, a sede por necessidade de água que nosso organismo tem e precisa para sobreviver. Jesus falava da água que jorra direto do trono de Deus, a água viva que nos dá a vida eterna, Jesus falava da sede que temos de Deus.
Uma sede que só pode ser saciada com a água que Ele nos dá.
Deus abençoe sua vida.
