Ouvi essa frase ainda na minha adolescência
e cultivei dentro de mim certo repúdio a este filósofo. Porém nunca havia
pego sequer uma de suas obras ou lido algum artigo que fosse publicado sobre Friedrich Nietzsche. Continuava e me
mantinha por conta própria desinformado sobre este assunto.
Com o passar dos tempos vamos
reformulando nossas idéias, não que mudemos de opinião assim grosso modo, mas
todos nós passamos a analisá-las agora por outra ótica, com uma mente mais
aberta, flexível e estudada. De minha adolescência pra cá posso dizer que
cresci muito e confesso que continuo crescendo na medida em que me aproximo da
cruz de Cristo assim como a luz da manhã que vai surgindo devagar até se tornar
dia perfeito (Provérbios 4.18).
E certo dia, deparo-me novamente com a
famigerada frase escrita/dita por Nietzsche: Deus está morto. Dessa vez,
diferentemente da outra quando ainda era um adolescente, eu me perguntei: Mas
poderia Deus, um ser Onipotente, Onipresente e Onisciente morrer? Poderia o
Todo-Poderoso realmente expirar? E fui afundo nas pesquisas. Comecei a ler
alguns artigos, algumas notas, várias críticas. Quando certo dia ao encontrar o
texto completo, pude então analisá-la afundo e concluí que, de alguma forma, Friedrich
Nietzsche em todo seu ateísmo estava certo.
Deus está
morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!
(NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia
Ciência, §125)
Quero trazer essa frase para os dias
de hoje. Pensem bem, olhem bem. O que é que vemos? Vemos um mundo mergulhado
dentro de si mesmo. Vemos pessoas que não se importam com quem está ao seu
lado. Vemos o egoísmo se tornar quase como uma “religião”. O homem adorando ele
mesmo. É isso que vemos hoje.
Agora eu pergunto: Onde está Deus no
meio dessa sociedade? Olhando por essa ótica, não estaria Nietzsche realmente certo em afirmar que Deus está morto e que
fomos nós que o matamos?
Todos os dias de nossas vidas
procuramos sufocar Deus em nossas paixões mundanas, tentamos deixar Deus por
fora de nossos assuntos “particulares”. Tentamos nos afastar do Senhor no
momento em que ele diz que “estaria conosco todos os dias”. Agora já não queremos
que Ele esteja assim tão perto “todo” o tempo.
Sufocamos Deus com nossa religiosidade
insana. Com nossa maturidade formada por profissionais de púlpitos. Nossas
filosofias de pára-choque de caminhão. E assim dia após dia vamos matando um
pouco de Deus, até que por fim sintamos o fedor de seu cadáver.
De fato ao analisarmos o mundo em que
vivemos hoje, podemos constatar que para muitas pessoas realmente Nietzsche teve toda a razão em dizer que
Deus está Morto.
Infelizmente os laços religiosos de
hoje já não são suficientemente tão forte para unir o homem a Deus. Esses laços
foram rompidos, quebrados não por Deus que ainda continua segurando a outra
ponta, mesmo desatada, mas ele continua segurando-a, mas quebrados por nós que
no engano de querer ser iguais a Deus. Deixamos de lado àquele que nos criou e
formou para nos transformarmo-nos em deuses.
Hoje mais do que nunca devemos
empunhar nossa bandeira e declarar diante desse mundo cético que avança diante
de nossos olhos, que DEUS NÃO ESTÁ MORTO, ELE VIVE.
Mostrar que na verdade Nietzsche estava errado, Deus nunca
morreu, nós é que morremos quando resolvemos viver nossa vida longe dEle.
Devemos nos levantar de nossa
acomodada situação de espectador e realmente fazer alguma coisa, não podemos admitir
que milhares de pessoas sejam jogadas no inferno simplesmente porque ainda
estão vivendo o engano que desencadeou a queda de Eva: Se tornar igual a Deus.
Aprendemos nas escrituras que ao
contrário do que Nietzsche declarou, quem deve morrer somos nós para que a
Graça de Deus possa estar sobre nossas vidas. O Apóstolo Paulo diz em Gálatas 2.20: “Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a
vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e
se entregou a si mesmo por mim.”
Deus está vivo!Deus permanece vivo!
Hoje mesmo falei com ele e Ele me respondeu!
Deus abençoe sua vida!
