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“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;” (Mateus 3:8)

Nós tivemos aqui na Igreja, no final do ano, uma campanha abençoada sobre a semeadura e colheita. No primeiro dia dessa campanha o Pastor Sâmio pregou, e na sua pregação ele citou que para que tenhamos uma colheita abundante no ano de 2010 nós devemos produzir frutos dignos de arrependimento.

Quando acabou a pregação, eu fui falar com ele sobre isso, pois me chamou a atenção essas palavras: FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO.

O que seria isso? Ou melhor, como produzimos esses frutos?

É sobre isso que falaremos hoje.

1.     Arrependimento (verso 2)

Arrependimento significa “mudança de atitude para com o pecado”. É condição fundamental para a salvação.
 Porém, assim como a árvore se conhece pelo fruto, o verdadeiro arrependimento gera mudanças radicais na vida do pecador.
João Batista pregava muito sobre o arrependimento, ele tinha como tema base para as suas pregações o arrependimento. O arrependimento precisa produzir em nós frutos.
Mas o arrependimento é um processo que, necessariamente, envolve três fases, três estágios: a tristeza, a repugnância pelo ato praticado e a fé.

Primeiro estágio, a TRISTEZA:

(II Corintios 7:10) - Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.

Nós não nos arrependemos do que é certo, mas do que é errado, do que é desagradável aos olhos de Deus.

Se for errado, um sentimento de tristeza se apodera de nós. Aqui incorremos num risco muito grande e grave: fazer o que fere o coração de Deus, crendo que é uma coisa agradável a Deus. Outro risco de igual perigo é fazer o que fere o coração de Deus e não reconhecê-lo. Isto é, preferir fazer o que fere o coração de Deus, e justificar, explicar, racionalizar, fundamentar a nossa atitude.

Testemunho: Certa vez eu estava na EBD e estávamos falando sobre o caso do padrasto que colocou as agulhas naquela criança. E uma pessoa, que se diz evangélica, disse o seguinte:
“Se fosse meu filho, eu matava, e depois pediria perdão à DEUS.”
Isso é fazer aquilo que fere o coração de DEUS e depois se justificar.

Segundo estágio, a REPUGNÂNCIA PELO ATO PRATICADO:

Quem não se lembra de Pedro, depois de ter negado a Jesus 3 vezes.

(Mateus 26:75) - E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.

Uma certa dose de auto-acusação,nos ataca tipo: "como é que eu pude fazer isto?".
Muito pouco adianta reconhecer que o que estamos fazendo fere e magoa o coração de Deus, se estivermos gostando do que estamos fazendo. Se estamos gostando daquilo que fazemos, não estamos tendo um arrependimento verdadeiro.

Terceiro estágio, a FÉ:

(Marcos 1:15) - E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.

Precisamos crer no perdão, no amor, e, principalmente, nas promessas de Deus constantes na Bíblia. Dai vai a importância de se conhecer a Bíblia. Precisamos crer no perdão de Deus. Crer nas promessas de Deus. Crer no amor e na misericórdia de Deus. Crer na Palavra de Deus de forma integral e total.

2.     Os frutos do arrependimento

Há no mundo e também na Igreja de Cristo, certa "resistência", vamos assim dizer, para que tais frutos sejam produzidos. Isto é, as pessoas talvez até reconheçam que fizeram algo errado, sentem-se tristes com isso, pedem perdão, e crêem no perdão de Deus. Mas deixam as coisas como estão. Não procuram limpar a sujeira que fizeram, e nem desfazer, consertar o erro, ou minimizar as suas conseqüências.

SE ERRARMOS DEVEMOS NOS RETRATAR.

Não podemos deixar de levantar a hipótese em que muitas vezes não é possível reverter às conseqüências de nossos atos. Mas quando é possível reverter, quando é possível fazer alguma coisa para minimizar essas conseqüências, se não o fazemos, houve um genuíno arrependimento?
Saber que fizemos uma coisa errada, cujas conseqüências podem ser revertidas, ou, no mínimo serem minimizadas, sem que algo seja feito nesse sentido, implica necessariamente na conclusão de que não houve um arrependimento genuíno, terapêutico, divino, movido pelo Espírito de Deus.

Temos na Bíblia dois fortes exemplos de homens que tiveram em suas vidas o fruto do arrependimento.
Um deles é Zaqueu, o publicano. Todos nós sabemos que quando ele teve um encontro com Jesus houve um arrependimento verdadeiro, e isso gerou nele uma atitude:

(Lucas 19:8) - E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.

E o outro foi Saulo, o perseguidor da Igreja.
Nas Escrituras Sagradas vemos que a mudança de Saulo foi tão verdadeira e genuína que ele se tornou Paulo, um dos maiores pregadores do evangelho. Um homem que viveu para falar do amor de Cristo. O arrependimento de ter perseguido os cristãos fez dele um Apóstolo, mesmo sem ter vivido com Jesus.

Quando os fariseus, saduceus, publicanos e soldados romanos foram ouvir seus ensinamentos, João Batista se referiu a quatro frutos do arrependimento verdadeiro. Eles estão nos versículos do Evangelho de Lucas, no capítulo 3:8-18. São eles:
1o. Bondade:
(Lucas 3:11) - E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira.
 A Bíblia nos ensina que o nosso Deus é Bondoso. O próprio Espírito Santo de Deus produz bondade e benignidade na vida do pecador arrependido. O Espírito conduz o salvo à prática da regra de ouro do cristão: Como querei que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós também (Lc 6:31).
2o. Honestidade: Aos cobradores de impostos, que nos tempos de João Batista eram reputados por desonestos e corruptos, o profeta mandou:
(Lucas 3:13) - E ele lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado.
3o. Gratidão: Aos soldados que se diziam arrependidos de seus pecados, João recomendou:
(Lucas 3:14) - E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo.
Além da integridade, o profeta recomenda que aqueles estivessem contentes, sem ganância nem avareza. O salvo sabe ser grato a Deus mesmo na dificuldade. O apóstolo Paulo recomendou este contentamento na simplicidade em I Tm 6:7 e 8. Em Hebreus também encontramos este ensino:
(Hebreus 13:5) - Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.
4o. Humildade: Este fruto aparece no testemunho que João dá acerca do Messias. O próprio Jesus referiu-se a João como alguém muito especial, o maior dentre todos os seres humanos (Mt 11:11). Porém, eis a visão que o próprio João tinha de si:
(Lucas 3:16) - Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.


Conclusão:

Irmãos o arrependimento não é só sinônimo de tristeza, ou de repugnância. Arrependimento não é só sinônimo de conversão, pois Pedro falou ao povo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos” (Atos 3:19). O arrependimento é sinônimo de atitude contra o pecado.
O arrependimento produz fruto: são as “obras dignas de arrependimento”.
O arrependimento genuíno é a única maneira de escapar do juízo de Deus!
Se na sua vida o arrependimento não tem produzido obras, frutos, então é necessário que você busque o verdadeiro arrependimento que somente Deus pode dar (Atos 5:31).
            


Deus abençoe sua vida!
Fonte: Mis. Ana Paula Jaber
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