Resistir para não desistir!
1Pedro 5.5-11
Vivemos em um tempo onde sofremos
muitos embates por causa das escolhas que fizemos no passado, ou até mesmo por
causa das escolhas que fazemos no presente. São tantas frustrações
e desilusões que às vezes temos até vontade de desistir. Vivemos tantas
adversidades que o desejo de nossa alma é chutar o pau da barraca, como diz o
provérbio popular; ou seja, o desejo de nossa alma é desistir!
Passamos por todos os tipos de sofrimentos e de desilusões com as
pessoas em nossos relacionamentos pessoais e interpessoais. Sofremos pela
falta de um emprego! Sofremos por falta de um amor verdadeiro! Sofremos porque
perdemos um amor verdadeiro! Sofremos por causa de um filho que perdemos para o
mundo! Sofremos por causa dos traumas do passado.. Na verdade sofremos por
tantas coisas que passaríamos bastante tempo enumerando-as aqui!
Mas o texto que é alvo de nossa reflexão diz que não sofremos sozinhos,
que existem muitas pessoas passando pelos mesmos sofrimentos que nós. O
texto explica que o sofrer é um amadurecimento de Deus para nossa vida, e que,
após esse sofrimento aparente, o resultado é a restauração da nossa vida!
Uma coisa que preciso chamar a sua
atenção é sobre quem escreveu este texto, pois ele tem toda a bagagem para
fazê-lo. Ele foi moldado no sofrimento! Alguns comentaristas, discorrendo
sobre Pedro, dizem o seguinte: o Espírito Santo moldou nele prontidão para
abraçar o sofrimento em vez do prestígio. Pedro era um homem que tinha
tudo para se exaltar, mas, preferiu escrever sobre as dores e sofrimentos, para
não deixar apagar a esperança da glória do porvir!
Podemos entender o que é resistir de acordo com a perspectiva bíblica.
Não se esqueça: resistir faz parte do processo de rendição completa a
Deus. Por isso, hoje, eu lhes convido a observar atentamente as lições
deste texto para que sejamos capazes de resistir e não desistir!
Para resistir e não desistir…
1. SUBMETA-SE à PODEROSA mão de Deus
“Da mesma forma, jovens, sujeitem-se
aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque ‘Deus se
opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’. Portanto, humilhem-se
debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. Lancem
sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.” (1ª Pedro
5.5-7)
Aquele que resiste deve entender que há um Deus soberano que cuida de
todos os detalhes da sua vida. A única coisa que ele precisa fazer é
submeter-se à poderosa mão de Deus. Não existe poder para resistir às
astutas ciladas do Diabo fora da cobertura da mão de Deus. É debaixo dela que encontramos
toda a armadura necessária para resistir.
Resistir é levantar pela manhã, ainda que sofrendo dores físicas,
espirituais ou até mesmo emocionais, e exclamar, dizendo: está doendo Deus, mas
eu confio em Ti! Na verdade, resistir é confiar em Deus diante da
adversidade, é dizer para Deus: Eu confio em Ti! Paulo, escrevendo ao jovem
pastor Timóteo, disse o seguinte:
“Por que sei em quem tem crido, e estou
bem certo de que ele é poderoso…” (1ª Timóteo 1.12)
Para resistir e não desistir…
2. Suporte as AFLIÇÕES
“Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o
inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa
devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que
vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.” (1ª Pedro
5.8-9)
Aquele que resiste e que já se submeteu à poderosa mão de Deus aprende a
suportar as aflições desta vida. Jesus foi o maior exemplo de alguém que
resistiu e aprendeu a suportar as aflições deste mundo. Ele disse:
“… Neste mundo vocês terão aflições;
contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.” (João 16.33)
Deus não desperdiça as aflições que são suportadas pelos seus filhos
aqui neste mundo. O próprio apóstolo Pedro, no início desta carta, vai dizer a
respeito do valor que existe em suportar as aflições deste mundo:
“Nisso, vocês exultam, ainda que agora,
por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. Assim
acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, é muito mais valiosa
do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará
em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.” (1ª Pedro 1.6-7)
Sofrer, muito embora não seja algo agradável, nos ensina que a
recompensa virá, não de uma pessoa qualquer, mas, sim, de um Deus que se
importa conosco: Jesus Cristo!
Para resistir e não desistir…
3. Lute com armas ESPIRITUAIS e não
carnais
“O Deus de toda a graça, que os chamou
para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante um
pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre
firmes alicerces.” (1ª Pedro 5.10)
Quando o assunto é resistir, com que armas você tem entrado nessa
batalha? O que é que tem revestido a sua vida para que você seja capaz de
resistir ao Diabo e a esse mundo mau? Não podemos resistir sem que
entremos nessa luta, munidos das armas espirituais. O apóstolo Paulo escreve o
seguinte:
“Portanto, tomai toda a armadura de
Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo,
permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e
vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho
da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os
dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo
tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por
todos os santos” (Efésios 6.13-18)
“Porque, embora andando na carne, não
militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e
sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda
altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo
pensamento à obediência de Cristo.” (2ª Coríntios 10.3-5)
Para resistir e não desistir…
4. Aprenda que a GLÓRIA é do Senhor
“A ele seja o poder para todo o sempre.
Amém.” (1ª Pedro 5.11)
Quando você resiste, você entende que quem o preparou para resistir foi
o Senhor. A glória não é sua, o louvor não é seu, os aplausos não são para a
sua pessoa. Você só foi capaz de resistir por causa do Senhor. A glória
pertence ao Senhor. Por você mesmo, você nunca seria capaz de resistir.
Por sua própria vontade, também não. Deus é o doador de tudo o que você
necessita para resistir. Ele é o especialista em aperfeiçoar seu poder na
fraqueza do ser humano. O apóstolo Paulo disse:
“Mas ele [Deus] me disse: minha graça é
suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2ª
Coríntios 12-9)
Quando você for capaz de resistir, lembre-se que foi o poder do Senhor
aperfeiçoado na sua fraqueza. A glória dessa resistência não pertence a você,
pertence ao Senhor. Portanto, o que você deve fazer para render a glória
ao Senhor? Entregue sua vida para Jesus Cristo, como sinal de uma completa
rendição.
Conclusão:
A rendição exige reavaliação da vida, rompimento com o pecado e com tudo
o que nos afasta de Deus, recepção de tudo o que Deus tem para minha vida,
regozijo por aquilo que Deus é e faz. Mas, também, a rendição exige
RESISTÊNCIA. Nós precisamos nos manter firmes e constantes diante das
investidas do inimigo e das lutas que enfrentamos na vida.
Se você está sofrendo sozinho, eu devo convidá-lo a dividir esse
sofrimento com Deus através de Jesus Cristo. O resultado dessa rendição, dessa
entrega, é garantia de vida eterna, em um lugar onde não haverá mais dor, nem
pranto, nem lágrimas, nem sofrimento.
Para resiste e não desistir…
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SUBMETA-SE
à PODEROSA mão de Deus
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Suporte
as AFLIÇÕES
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Lute
com armas ESPIRITUAIS e não carnais
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Aprenda
que a GLÓRIA é do Senhor
Ano novo, vida
nova, recomeço.. mas não, Espera! Ontem
foi domingo, hoje é Segunda e amanhã será Quarta, dia 1, mas quarta. O que
mudou?
A passagem
para um ano novo nos dá a falsa ideia de recomeço, mas na verdade tudo está
como antes. Nada mudou.
De fato, somos
tomados por um sentimento de novidade e vigor que nos faz, por algum tempo,
acreditar que, efetivamente, as coisas no ano que se inicia serão diferentes do
passado recente e que, "desta vez", teremos força suficiente para
enfrentar os obstáculos que nos fizeram escorregar nos anos anteriores.
Passada a
euforia da festa, como diz a velha expressão, despercebidamente, começamos a
nos dar conta que a roda da vida toma novamente o velho curso e, mais uma vez,
de maneira impiedosa, começamos a voltar aos mesmos lugares de antes, permanecemos
então por mais um longo período do ano infelizes com a balança, inquietos com
nossas relações interpessoais e, o pior, vivendo momentos que oscilam entre o
desânimo e o descrédito pessoal.
Colocamos
nossa confiança, fé em algo incerto, abstrato, incontínuo como a virada dos
anos.
- ·
Próximo ano vai ser diferente...
- ·
Ano que vem vou tomar uma atitude diferente...
- ·
Ano que vem vou ser uma pessoa diferente...
- ·
No próximo ano...
É sempre os
mesmos discursos, sempre a mesma lorota.
E entra ano e
sai ano, e nada muda, inclusive os discursos no final do ano. Tomamos sempre as
mesmas decisões, temos as mesmas atitudes e como vamos querer ter resultados
diferentes?
Mas o que
fazer? Como realmente tomar atitudes diferentes?
Não é o ano que tem que mudar pra que eu
possa tomar atitudes diferentes, sou eu!
Insanidade é continuar fazendo as mesmas
coisas e esperar resultados diferente.
Eu não tenho
que esperar pela virada do ano, do mês, da semana, do dia, não.. não são as
coisas, as pessoas, o tempo que tem que mudar sou eu, é você.
Esperar pela
mudança das coisas, das pessoas, das circunstancias do tempo, é atestar a nossa
incompetência em lidar com os nossos próprios problemas.
O Apostolo
Paulo quando escreve aos Filipenses no capítulo 3 a partir do 12 diz:
“12Não estou querendo dizer que já
consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para
conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo
Jesus. 13É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma
coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na
minha frente. 14Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o
prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por
meio de Cristo Jesus.
15Todos
nós que somos espiritualmente maduros devemos ter essa maneira de pensar.
Porém, se alguns de vocês pensam de maneira diferente, Deus vai tornar as
coisas claras para vocês. 16Portanto, vamos em frente, na mesma direção
que temos seguido até agora.”
Não é porque a Bíblia diz que eu sou mais que
vencedor que devo me sentar de braços cruzados e esperar que as coisas
aconteçam. O maná está lá fora, Deus enviou. Mas se eu não sair da minha tenda
com a minha vasilha para “colhe-lo” eu vou morrer de fome.
Se eu não
pegar os meus instrumentos de batalha e guerrear as guerras que me são
impostas, eu serei derrotado e com certeza irei morrer, mesmo tendo Jesus dito
que somos mais que vencedores.
Hoje portanto
é momento de reflexão. O que deu errado pra mim até agora, e porque deu errado?
Está na hora de mudar, de tomar novas atitudes, de adquirir novas práticas,
novos costumes, novos conceitos.
Não são as
coisas, as pessoas, as circunstancias ou o tempo que tem que mudar, sou eu.
Os Chinelos dourados
Faltavam apenas cinco dias para o Natal. O espírito da ocasião ainda não tinha me atingido, mesmo que os carros lotassem o estacionamento do shopping. Dentro da loja, era pior. Os últimos compradores lotavam os corredores.
- Por que vim hoje? Perguntei a mim mesmo. Meus pés estavam tão inchados quanto minha cabeça. Minha lista continha nomes de diversas pessoas que diziam não querer nada mas eu sabia que ficariam magoados se eu não os comprasse qualquer coisa. Comprar para alguém que tem tudo e com os preços das coisas como estão, fica muito difícil.
Apressadamente, eu enchi meu carrinho de compras com os últimos artigos e fui para a longa fila do caixa. Na minha frente, duas pequenas crianças – um menino de aproximadamente 10 anos e uma menina mais nova, provavelmente de 5 anos. O menino vestia roupas muito desgastadas. Os tênis me pareceram grandes demais e as calças de brim muito curtas. A roupa da menina assemelhava-se a de seu irmão. Carregava um bonito e brilhante par de chinelos com fivelas douradas.
Enquanto a música de Natal soava pela loja, a menina sussurrava desligada mas feliz. Quando nos aproximamos finalmente do caixa, a menina colocou, com cuidado, os chinelos no balcão. Tratava-os como se fossem um tesouro. O caixa anunciou a conta:
- São $6,09. Disse.
O menino colocou suas moedas enquanto procurava mais em seus bolsos. Veio finalmente com $3,12.
- Acho que vamos ter que devolver, disse. Nós voltaremos outra hora, talvez amanhã.
Com esse aviso, um suave choro brotou da pequena menina.
- Mas Deus teria amado esses chinelos, ela resmungou…
Bem, nós vamos para casa e trabalharemos um pouco mais. Não chore. Nós voltaremos, disse o menino.
Rapidamente, eu entreguei $3,00 ao caixa. Estas crianças tinham esperado na fila por muito tempo. E, além de tudo, era Natal. De repente um par de braços veio em torno de mim e uma pequena voz disse:
- Agradeço, senhor.
- O que você quis dizer quando falou que Deus teria gostado dos chinelos? eu perguntei.
O pequeno menino me respondeu:
- Nossa mãe está muito doente e vai pro céu. Papai disse que ela pode antes mesmo do Natal, estar com Deus.
E a menina completou:
– Meu professor disse que as ruas no céu são de ouro, brilhantes como estes chinelos. Mamãe não ficará bonita andando naquelas ruas com esses chinelos?
Meus olhos inundaram-se de lágrimas e eu respondi:
- Sim, tenho certeza que ficará.
Silenciosamente agradeci a Deus por usar estas crianças para lembrar-me do verdadeiro espírito de Natal. O importante do Natal não está na quantidade de dinheiro que se gasta, nem na quantidade de presentes que se compra, nem na tentativa de impressionar amigos e parentes. O importante do Natal está em reconhecer que Jesus nasceu e continua nascendo todos os dias do ano em nossos corações trazendo a transformação de nossas vidas. Natal é o amor de Deus em seu coração.
Bom Natal a Todos
Redimindo o Natal
Muito se tem falado contra o Natal. Os principais argumentos são origens pagãs ou católicas, a influência mercadológica nos dias de hoje e uma suposta violação do princípio regulador do culto. Apesar de haverem pontos válidos, não cremos que haja qualquer impedimento bíblico para os cristãos comemorarem o nascimento de Cristo – atenção, comemorar o nascimento de Cristo – em uma data qualquer (ou no dia 25 de Dezembro). Iremos abaixo apresentar resumidamente alguns argumentos e referências sobre o assunto.
Semanas atrás postamos um texto de John Piper onde ele trata sobre a relevância da origem pagã do Natal. John MacArthur respondendo a pergunta “os cristãos devem celebrar o natal?” argumenta:
As Escrituras não ordenam especificamente que os crentes celebrem o Natal — não há “Dias Sagrados” prescritos que a igreja deva celebrar. De fato, o Natal não era observado como uma festividade até muito após o período bíblico. Não foi antes de meados do século V que o Natal recebeu algum reconhecimento oficial.
Nós cremos que o celebrar o Natal não é uma questão de certo ou errado, visto que Romanos 14.5-6 nos fornece a liberdade para decidir se observaremos ou não dias especiais:
“Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus” (Romanos 14. 5-6).
De acordo com esses versos, um cristão pode, legitimamente, separar qualquer dia — incluindo o Natal — como um dia para o Senhor. Cremos que o Natal proporciona aos crentes uma grande oportunidade para exaltar Jesus Cristo.
Mark Driscoll diz que quando se trata de questões culturais os cristãos têm três opções: Rejeitar, Receber ou Redimir (Resgatar).
Receber – Há coisas na cultura que fazem parte da graça comum de Deus a todas as pessoas, as quais um cristão pode simplesmente receber. É por isso que, por exemplo, estou digitando em um Mac e vou postar neste blog na internet sem ter que procurar um computador ou um formato de comunicação expressamente cristãos.
Rejeitar – Há coisas na cultura que são pecaminosas e não benéficas. Um exemplo é a pornografia, que não tem valor redentor e deve ser rejeitada por um cristão.
Resgatar – Há coisas na cultura que não são ruins em si mesmas, mas podem ser usadas de uma forma pecaminosa e, portanto, precisam ser resgatadas pelo povo de Deus. Um exemplo que teve grande repercussão na mídia é o prazer sexual. Deus fez nossos corpos para, entre outros fins, o prazer sexual. E, embora muitos tenham pecado sexualmente, como cristãos, devemos resgatar este grande dom e todas as suas alegrias, no contexto do casamento.
Dentro dessa perspectiva, há aqueles que rejeitam o Natal (e não há problema nenhum, desde que se atentem as repreensões de Paulo em Romanos 14). Cremos, contudo, que temos a oportunidade de resgatar esta festividade, usando-a para os seguintes fins:
Primeiro, a temporada de Natal nos lembra das grandes verdades da Encarnação. Recordar as verdades importantes sobre Cristo e o evangelho é um tema prevalecente no Novo Testamento (1 Coríntios 11.25; 2 Pedro 1.12-15; 2 Tessalonicenses 2.5). A verdade necessita de repetição, pois nós facilmente a esquecemos. Assim, devemos celebrar o Natal para recordar o nascimento de Cristo e nos maravilhar ante o mistério da Encarnação.
O Natal também pode ser um tempo para adoração reverente. Os pastores glorificaram e louvaram a Deus pelo nascimento de Jesus, o Messias. Eles se regozijaram quando os anjos proclamaram que em Belém havia nascido um Salvador, Cristo o Senhor (Lucas 2.11). O bebê deitado na manjedoura naquele dia é nosso Senhor, o “Senhor dos senhores e Rei dos reis” (Mateus 1.21; Apocalipse 17.14).
Finalmente, as pessoas tendem a serem mais abertas ao evangelho durante as festividades de Natal. Devemos aproveitar desta abertura para testemunhar a eles da graça salvadora de Deus, através de Jesus Cristo. O Natal é principalmente sobre o Messias prometido, que veio para salvar Seu povo dos seus pecados (Mateus 1.21). A festividade nos fornece uma maravilhosa oportunidade para compartilhar esta verdade.
Embora nossa sociedade tenha deturpado a mensagem do Natal através do consumismo, dos mitos e das tradições vazias, não devemos deixar que estas coisas nos atrapalhem de apreciar o real significado do Natal. Aproveitemo-nos desta oportunidade para lembrar dEle, adorá-Lo e fielmente testemunhar dEle..
Bom Natal a Todos
CONHECER PARA REJEITAR
Terça-feira 24 Dezembro
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5.39)
Muitas passagens dos evangelhos provam que os escribas judeus tinham um excelente conhecimento do Antigo Testamento.
Isso já ficou evidente após o nascimento do Senhor Jesus, quando eles disseram aos sábios do oriente em que cidade o Messias nasceria. Não tiveram a menor dificuldade de citar a passagem referida. Mas o coração deles não se alegrou. Não apenas o rei Herodes ficou “perturbado” com a notícia, mas “toda Jerusalém com ele”, incluindo os sacerdotes e escribas (Mateus 2.1-6; Miquéias 5.2).
Mais tarde ficou claro que não queriam que o Senhor Jesus reinasse sobre eles (Lucas 19.14), nem O queriam como Redentor. Odiavam a luz que veio ao mundo, porque suas obras eram más (João 1.9; 3.20). Portanto, fracassaram em aceitar pela fé tanto o testemunho das Escrituras quanto as palavras do Senhor Jesus.
Atualmente, os religiosos falam muito sobre o nascimento de Jesus Cristo, e até o “celebram”. Mas o xis da questão é: será que desejam realmente se render a esse Cristo? Qual o propósito de estudarem tanto, de pesquisarem tanto a Palavra de Deus se quando Deus, manifesto no Filho, lhes fala, eles O rejeitam?
Quem se torna filho de Deus pela fé no Senhor Jesus necessariamente começa a se familiarizar com o Novo e o Antigo Testamentos. Eles formam a Palavra de Deus, que é o guia seguro para uma vida cristã fecunda.
Um jovem judeu começou a ler: “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões” (Isaías 53.5).Enquanto lia, parecia ouvir uma voz gritando: “Pare! Isso parece Jesus!” Simultaneamente, uma voz suave dizia: “Não pare! Isso parece Jesus!”
O jovem continuou a ler: “Ele foi moído pelas nossas iniqüidades”. Durante todo o tempo em que lia Isaías 53, duas vozes pareciam discutir dentro de sua cabeça. Por um breve momento, ele até mesmo questionou sua própria sanidade. “Por que qualquer judeu com sanidade mental consideraria Jesus como sendo o Messias prometido?”, ele se perguntava.
Respirou fundo e se lembrou de alguns fatos. Este era o livro de Isaías (um profeta judeu) de uma Bíblia judaica, publicada pela Sociedade de Publicação Judaica, e lhe fora dado por sua sinagoga ortodoxa. O que seria mais judeu do que isso? Ele logo observou que havia outras passagens nas Escrituras hebraicas que descreviam Jesus. E cada versículo era claro e conciso.
Quanto mais lia, mais certo ficava de que o que estava lendo era verdadeiro. Uma estranha sensação de calma e paz subitamente pareceu envolvê-lo.
A mesma paz é descrita no Livro aos Hebreus, do Novo Testamento: “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso” (Hebreus 4.3). O “descanso” é o descanso de Deus. É o descanso que se apossa da pessoa que, pela fé, confia em Jesus como Salvador. É o descanso associado com a paz e a liberdade interiores, independentemente das circunstâncias.
Qualquer pessoa que já tenha alguma vez entrado naquele descanso específico o fez pela fé, depois de ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10.17). A Palavra de Deus não é igual a nada mais no mundo, e tem poder para transformar as pessoas de maneiras incríveis: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hebreus 4.12).
A Palavra de Deus é viva. É ativa e inerentemente poderosa, e o Todo-Poderoso a usa como um cirurgião usa um bisturi, cortando diretamente no coração, e transformando seus leitores para sempre. Essa maravilhosa transformação acontece todos os dias com inúmeras pessoas de todos os tipos de históricos passados, e de todas as partes do globo. Seguem alguns exemplos:
Um Etíope Transformado
Atos 8 registra a história de um eunuco etíope gentio que estava sentado em sua carruagem no deserto, lendo o capítulo 53 de Isaías. Deus enviou Filipe, um judeu crente em Jesus, para falar ao homem precisamente quando ele estava lendo. Filipe o cumprimentou com uma pergunta: “Compreendes o que vens lendo?” (v.30).
O eunuco respondeu com outra pergunta: “A quem se refere o profeta (...). Fala de si mesmo ou de algum outro?” (v.34). Filipe usou as Escrituras hebraicas para mostrar que Jesus era Aquele de quem o profeta falava. A Palavra transformou o eunuco. Ele recebeu o Messias e foi imediatamente batizado.
A Nova Vida de Nina
Nina era uma mulher judia criada em um lar ortodoxo. Ela se aposentou nos anos 1960 e foi morar no lugar ao qual chamava de “a terra de Deus” – Atlantic City, no estado de Nova Jersey, EUA. Um dia, enquanto estava sentada em um banco junto à calçada, ela ganhou um Novo Testamento de uma transeunte. Daí em diante, todos os dias, Nina se sentava no banco na calçada em Atlantic City e lia alguns capítulos de seu novo livro. Quanto mais ela lia, mais convencida ficava de que estava lendo um livro judeu, como ela mesma dizia.
Logo Nina começou a observar pequenas mudanças em sua vida. Ela já não tinha um temperamento encrenqueiro, nem contava mais lorotas para suavizar situações sociais. Ela não estava se esforçando para produzir essas mudanças, mesmo assim, sabia que elas estavam acontecendo. Nina ficou confusa. Ela sabia que já não era mais a mesma.
Buscando pelas respostas, ela se aproximou de uma amiga cristã e pediu-lhe para ajudá-la a entender o que estava acontecendo. Ela ficou sabendo que ler a Palavra de Deus era o que estava transformando sua vida. Ela percebeu que a Bíblia não era como outros livros. Era poderosa, tão poderosa que convenceu Nina a confiar em Jesus. Foi assim que Nina começou sua nova vida.
Poder Para Perdoar
Corrie ten Boom e a casa da sua família em que esconderam judeus durante a segunda guerra mundial.
Corrie ten Boom foi criada na Holanda antes da Segunda Guerra Mundial. Ela e sua família liam regularmente a Palavra de Deus e eram crentes comprometidos com o Senhor Jesus. Embora os ten Booms fossem gentios, eles amavam o Povo Escolhido de Deus e pagaram o preço mais alto por sua fidelidade a esse povo. Como punição por esconderem judeus dos nazistas, eles foram enviados a campos de concentração. Corrie e sua irmã Betsie foram parar em Ravensbrück, onde Betsie morreu. Anos mais tarde, o poder transformador de Deus se manifestou de uma maneira maravilhosa. Corrie escreveu as seguintes palavras em seu livro The Hiding Place (O Refúgio Secreto):
Foi em um culto na igreja em Munique [em 1947] que eu o vi, o ex-soldado da SS, que tinha montado guarda à porta da sala do chuveiro no centro de processamento de Ravensbrück. Ele era o primeiro de nossos carcereiros que eu via desde aquele tempo. E subitamente tudo estava lá – uma sala cheia de homens escarnecedores, as pilhas de roupas, o rosto pálido de dor de Betsie. Ele veio até mim, uma vez que a igreja estava se esvaziando, sorridente e me saudando com uma inclinação da cabeça. “Quão grato estou por sua mensagem, Fräulein”, disse ele. “Pensar que, como você disse, Ele lavou meus pecados!”
Ele moveu a mão para a frente para me cumprimentar. E eu, que tantas vezes havia pregado às pessoas em Bloemendaal sobre a necessidade de perdoar, mantive minha mão ao meu lado.
Mesmo enquanto os pensamentos raivosos, vingativos, ferviam dentro de mim, eu vi os pecados desses pensamentos. Jesus Cristo havia morrido por esse homem; será que eu iria pedir mais? Senhor Jesus, orei, perdoe-me e me ajude a perdoá-lo.
Tentei sorrir, lutei para erguer minha mão. Não consegui. Eu não sentia nada, nem sequer a mínima faísca de calor humano ou de caridade. Então, novamente, fiz uma oração silenciosa. Jesus, não consigo perdoá-lo. Dê-me do teu perdão.
Quando lhe dei a mão, a coisa mais incrível aconteceu. Desde o meu ombro, ao longo do meu braço e através da minha mão, parecia que uma corrente elétrica passava de mim para ele, enquanto meu coração se enchia de amor por aquele estranho, tanto que quase me tirava o fôlego. Foi então que descobri que não é mais do nosso perdão nem da nossa bondade que depende a cura do mundo, mas do perdão e da bondade dEle. Quando Ele nos diz para amarmos nossos inimigos, Ele dá, juntamente com o mandamento, o próprio amor.[1]
De Terrorista a Sionista
Outro exemplo dramático de como a Palavra de Deus transforma vidas envolve Walid Shoebat, um palestino, nascido em Belém, que odiava os judeus desde o berço. Seu objetivo principal na vida era matar judeus e morrer como mártir por Alá.
Em meados dos anos 1970, ele se tornou ativo na Organização Para a Libertação da Palestina (OLP) e estava fazendo tudo que podia para ajudar a atingir seu objetivo na vida, inclusive realizando ataques terroristas em Israel.[2]
Walid Shoebat, de terrorista a sionista.
Walid mudou-se para os EUA para cursar uma faculdade, ao mesmo tempo em que levantava ajuda financeira para a OLP. Em 1993, ele se casou com uma cristã. “Eu queria convertê-la ao islamismo”, disse ele à BBC News. “Falei-lhe que os judeus haviam corrompido a Bíblia”. Ela pediu-lhe que provasse. Então, ele comprou uma Bíblia.
Durante seis meses estudou intensamente a Bíblia de capa a capa e descobriu a verdade. Renunciou ao terrorismo, arrependeu-se de seus pecados, deu sua vida a Jesus Cristo e tornou-se nova criatura – tudo porque leu a Palavra de Deus com um coração sincero que queria saber a verdade.
Hoje ele é um cristão sionista dedicado a expor as mentiras do islamismo e a apoiar e animar Israel e o povo judeu. Sua família muçulmana o deserdou. O pai dele disse que ele deveria ser morto. Em dado momento ele soube que a OLP estava planejando seu assassinato. Mas Shoebat é destemido e permanece conhecido por seu amor por Jesus e por um Israel judeu. Você pode visitar seu site: www.shoebat.com.
A Palavra de Deus é viva e eficaz. Ela discerne os pensamentos e as intenções do coração e transforma vidas por toda a eternidade. Tenho certeza disso porque o jovem judeu que experimentou aquela profunda paz 36 anos atrás lendo sua Bíblia era eu.
A Palavra de Deus – tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento – é a mais absoluta verdade. Se você quiser conhecer Deus pessoalmente e experimentar uma paz que transcende a todo entendimento, leia a Palavra de Deus e deixe que ela penetre em seu coração. Prometo que você não vai se arrepender.
(Steve Herzig - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)
Steve Herzig é o diretor dos ministérios norte-americanos de The Friends of Israel.
"Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 João 4.19).
"Se você for fiel no esforço de servir e tudo suportar pelo amor de Deus, se for capaz de ser perseverante no meio das tentações, do cansaço, da seca e da desolação, pode ter certeza de que seu amor por Deus é real." (Jean Grou)
Costumamos dizer que amamos a Deus, que o Senhor é tudo para nós, que nada somos e nada sabemos fazer sem Sua orientação e direção. Será esse apenas um discurso sem compromisso ou o testemunho de uma vida espiritual verdadeira e firmada na presença do Senhor?
O que representa, para nós, amar a Deus? Que resultado a nossa atitude de amor tem provocado no nosso viver diário? O que as pessoas que nos cercam acham dessa nossa confissão? Elas acreditam ou não?
Na realidade, uma vida de amor ao Senhor é percebida por todos por causa da transformação demonstrada em tudo que fazemos e falamos. Somos diferentes, nosso semblante mostra
um brilho inconfundível, nossos pés deixam rastros de luz nos lugares por onde passamos. Amamos ao Senhor e não há nada que possa impedir que todos percebam o nosso amor.
As tentações não apagam o nosso brilho, as decepções não fazem cessar a nossa alegria, as angústias não impedem nosso louvor, não há seca, nem cansaço, nem incertezas, nem
embaraços, ou qualquer coisa desse tipo, que nos façam desistir, de glorificar o nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Esforçamo-nos sempre e nosso preparo físico não é adquirido em uma academia qualquer, mas, na força de nosso amor por Aquele que nos amou primeiro e cuida de nós como ninguém
mais poderia fazer.
Eu amo ao meu Senhor... E meu amor sempre será real... Hoje, amanhã, na próxima semana, sempre!
Fonte: devocional um pouco de luz
Eu compreendo aqueles que querem ser rigorosamente e distintamente Cristãos. Que querem ser libertos do mundo e qualquer raiz pagã que possa repousar sob nossa celebração do Natal, mas não me posiciono da mesma maneira nesta questão porque penso que chega um ponto onde as raízes já estão distantes de tal forma que o significado presente não carrega mais nenhuma conotação pagã. Fico mais preocupado com um novo paganismo que se sobreponha a feriados cristãos.
Eis um exemplo que eu uso: Todo idioma tem raízes em algum lugar. A maioria dos nossos dias da semana [em inglês] —se não todos— saíram de nomes pagãos também. Então deveríamos parar de usar a palavra “Sunday” (domingo) porque ela pode ter estado relacionada à adoração ao sol em um tempo distante? No inglês moderno, “Sunday” (domingo) não carrega aquela conotação, e é a própria natureza do idioma. De certa forma, os feriados são como a linguagem cronológica.
O Natal agora significa que marcamos, no meio cristão, o nascimento de Jesus Cristo. Nós achamos que o nascimento, a morte e a ressurreição de Cristo são os eventos mais importantes na história humana. Não marcá-los de alguma forma, através de uma celebração especial, me parece que seria insensatez.
Eu lembro de ter sido vizinho de um casal nos tempos de seminário que não celebrava os aniversários de seu filho. A ideia era, em parte, que todos os dias eram especiais para o menino. Mas se todos os dias são especiais, então provavelmente significa que não há dias especiais. Contudo, algumas coisas são tão boas e preciosas — como aniversários e até mesmo mortes — que são dignas de serem marcadas. Quão mais o nascimento e a morte de Jesus Cristo!
Realmente vale o risco, mesmo que a data de 25 de Dezembro tenha sido escolhida por causa de sua proximidade com algum tipo de festival pagão. Vamos apenas tomá-la, santificá-la e fazer o melhor com ela, porque Cristo é digno de ser celebrado em seu nascimento.
Não há motivo para escolher outra data. Não vai funcionar.
Por John Piper
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